produto utilizado para o banho: a pele é o maior órgão do organismo, portanto merece uma atenção especial. Escolha um xampú de boa qualidade para usar nos cães e gatos, e com isso evitar dermatites de contato, alergias, ressecamento da pele e pêlos. Dê preferência a xampús neutros, específicos para espécie e de boa qualidade. Deve-se tomar cuidado com as mucosas: olhos, vulva, pênis, ânus e boca, pois são áreas mais sensíveis e facilmente irritáveis. A espuma deve ser esfregada nos cães de pelo curto, porém nos de pelo longo deve ser somente espalhada, para evitar embaraçar os pelos com a fricção. Em algumas raças de pelo curto, a lavagem contra o sentido do crescimento do pelo pode induzir a foliculite pós-banho. Sabão de coco, sabão em pedra, anil (usado por alguns para clarear os pelos no caso de animais brancos), sabão em pó não devem ser utlizados! Assim como banhos medicamentosos (com Clorexidine, Amitraz, Cetoconazol, Piretróides, Enxofre entre outros) só devem ser administrados sob prescrição do Médico Veterinário pois mesmo sendo xampus, existem contra-indicações! Vale lembrar também que nem todos os xampús usados em cães podem ser utilizado em gatos!
temperatura da água e do secador: devem estar adequados para evitar queimaduras na pele e pelo do animal. Cães alérgicos (atópicos) precisam de temperaturas mais amenas, próxima a fria, pois sua pele é mais sensível que de outros animais.
ouvidos: devem ser protegidos para evitar que água e/ou xampú entre dentro do conduto, o que pode causar uma otite. O ideal é utilizar algodão hidrofóbico dentro do conduto auditivo, que funcionam como barreia a entrada da água, lembrando sempre de remover após o banho. Quanto aos cães que possuem pêlos dentro do ouvido: estes não devem ser retirados rotineiramente, a menos que o animal seja predisposto a otite ou esteja em tratamento médico para algum problema otológico, e somente se Médico Veterinário julgar necessário tal remoção! Visto que ao arrancar os pelos, o local se inflama, causando incomodo ao animal, e deixando a pele local desprotegida contra agentes fúngicos e bacterianos.
Glândula do saco anal:
cães e gatos possuem 2 glândulas localizadas lateralmente ao ânus, que em situações de estress para o animal (medo por exemplo) elas secretam uma substância com odor fétido que serviria para afastar o “inimigo”. Alguns banhistas, costumam apertar estas glândulas durante o banho.... isto não deve ser feito! Sempre que o cão defeca estas glândulas são naturalmente comprimidas e portanto esvaziadas. O ato de comprimir manualmente as glândulas, estimula ainda mais a produção de secreção, o que pode gerar problemas a longo prazo. Estas glândulas só devem ser drenadas pelo Medico Veterinário, em casos específicos (impactação, inflamação ou abscessos no local);
elásticos que prendem a franja do cão: fique sempre atento se o elástico não está muito apertado e/ou muito rente a pele do animal, em alguns casos o atrito do elástico com a pele pode produzir uma perda de pêlos permanente do local;
E o mais importante, como seu animal é tratado durante o banho: animais que se estressam com facilidade, que se tornam cianóticos nessas situações (pela dificuldade respiratória as mucosas tornam-se azuladas, arroxeadas), devem ser manipulados com cuidado, evitando ao máximo estress e manipulação desnecessária. Mordaças em dias quentes devem ser usadas pelo mínimo de tempo possível, pois estas não permitem uma abertura da boca, e com isso os cães não conseguem ofegar e deixam de fazer a troca de calor necessária para manter um equlíbrio na sua temperatura corporal. Animais agressivos que não permitem serem manipulados, podem precisar de sedação, mas esta somente deve ser indicada, administrada e acompanhada pelo Médico Veterinário, mesmo que seja sedativo em gotas via oral.
O momento do banho para seu animal, deve ser algo divertido e prazeroso. Para isso todos os cuidados devem ser tomados, para manter a saúde física e pscicológica deles durante este momento. Lembrando também que em geral Pet Shops/Banho Tosa há um grande fluxo de cães e gatos sem um controle de histórico vacinal, e neste caso doenças infecciosas e parasitárias podem se disseminar mais facilmente. Portanto, se seu animal frequenta banho semanalmente ou esporadicamente, mantenha ele sempre com as vacinas atualizadas e com pulicídas/carrapaticidas aplicados mensalmente (de modo preventivo).
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