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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Homeopatia animal: uma alternativa para a saúde?

Atualmente a homeopatia está associada ao tratamento de seres humanos, porém o emprego de medicamentos homeopáticos na prática veterinária pôde comprovar a utilidade deste sistema terapêutico no tratamento de animais. A homeopatia representa uma alternativa de tratamento para um grande número de problemas que atingem os animais. Seu tratamento baseia-se na utilização de medicamentos homeopáticos que serão indicados com a finalidade de tratar o organismo como um todo, e não apenas sintomas isolados. O tratamento não é direcionado apenas a um órgão doente, mas essencialmente ao equilíbrio do organismo como um todo. A médica-veterinária Dra. Luciana Rodrigues de Almeida explica melhor esse procedimento, que ganha cada vez mais adeptos no mundo todo. Como a homeopatia pode ser aplicada no tratamento de doenças em cães e gatos? A ideia central da homeopatia está baseada no Princípio da Similitude: os efeitos de substâncias ultradiluídas são estudados em indivíduos sadios e descritos nas Matérias Médicas Homeopáticas. Quando um paciente enfermo apresenta sintomas semelhantes aos produzidos pela substância no indivíduo sadio, essa substância (medicamento homeopático) é empregada em busca da cura. Tal fenômeno constitui o princípio fundamental da homeopatia: “Cura pelo Semelhante”. Para a homeopatia, doença é a manifestação de sintomas resultante da tentativa do organismo em restabelecer seu equilíbrio interno, o qual foi “perturbado” por estímulos indesejáveis, como, por exemplo, fatores estressantes presentes nos sistemas de produção animal (alta taxa de lotação, confinamento, impossibilidade de expressar os padrões normais de comportamento da espécie, entre outros). A prescrição homeopática baseia-se na origem da enfermidade (dependendo da origem da enfermidade, em alguns casos, pode ser empregado o mesmo medicamento para um grupo de animais acometidos pela mesma doença), no comportamento do animal enfermo (se este quando enfermo se apresenta mais agressivo; tendência a se isolar; se deseja ser tocado ou não, etc.) e em características biotipológicas, as quais possibilitam conhecer as predisposições mórbidas das raças e dos animais individualmente, ou seja, a quais doenças um animal de determinado biótipo é predisposto, o que possibilita a adoção de medidas preventivas e orienta o tratamento. Quais os benefícios no uso da homeopatia em cães e gatos? A homeopatia possibilita que cães e gatos sejam tratados como “únicos”, ou seja, conforme descrito acima, a prescrição homeopática baseia-se não apenas na doença diagnosticada, mas nas características apresentadas por “aquele” animal, incluindo possíveis alterações psíquicas que podem ocorrer durante a doença. Entre os benefícios, podemos destacar que a homeopatia fornece possibilidades de cura infinitamente superiores, quando comparada à alopatia, a qual atua, principalmente, através da supressão de sintomas. Além disso, conforme relatado acima, a homeopatia pode ser empregada de forma preventiva, com base na predisposição a determinado tipo de doença apresentada por cada animal. Cabe ressaltar também que o custo do medicamento homeopático é baixo, sendo esta terapêutica acessível a todos. Quais os casos recomendados para o uso de medicamentos homeopáticos em cães e gatos? Atualmente, observa-se que a terapêutica homeopática tem sido empregada, principalmente, nas patologias da pele, alergias, alterações comportamentais, patologias do trato genital, como piometra e cistos ovarianos, além da pseudociese (gravidez psicológica). Podem ser empregados medicamentos homeopáticos em qualquer alteração do estado de saúde dos animais, ou seja, em quadros agudos e crônicos, incluindo doenças infecciosas e câncer. Entretanto, em quadros agudos, devemos considerar que em alguns casos o emprego criterioso de antibióticos, corticosteroides, entre outros, pode ser indispensável para manter a vida do animal. Nós homeopatas reconhecemos que os antibióticos e os corticosteroides constituem uma “ferramenta” imprescindível em determinados momentos. Para nós trata-se de uma alternativa a ser considerada, mesmo em associação com a homeopatia. Entretanto, o uso deve ser criterioso, diferentemente do que vem ocorrendo atualmente, quando se observa que rotineiramente as prescrições veterinárias alopáticas contêm antibióticos e corticosteroides. Portanto, é sempre imprescindível que se determine a causa / origem da doença e que esta seja removida, independentemente da terapêutica a ser empregada. Atualmente, observa-se que inúmeras patologias apresentadas por cães e gatos devem-se a problemas no “manejo” do animal, como o excesso de banhos e, consequentemente, excesso de produtos aplicados sobre a pele, o que pode estar associado ao elevado número de quadros de dermatose observados, incluindo as alergias cutâneas. Outro fator de grande impacto sobre a saúde do animal é o sedentarismo e a impossibilidade de manifestar o comportamento normal da espécie, visto que muitos animais vivem em espaços extremamente limitados, realizando muito pouca atividade física, o que certamente os deixa estressados e leva ao acúmulo de toxinas no organismo, podendo se manifestar sob a forma de dermatoses. Assim, deve ser considerado que não apenas o tratamento é necessário, mas a identificação e a eliminação de fatores que comprometem a saúde e o bem-estar dos animais domésticos. Existe alguma contraindicação? Não existe contraindicação para o tratamento homeopático, entretanto, contrariamente ao que se pensa, existem, sim, “efeitos colaterais” em relação ao uso de determinados medicamentos homeopáticos, podendo ocorrer agravação severa do quadro quando não se emprega o medicamento adequado para determinado “momento clínico”. Assim, a consulta homeopática deve contar com uma avaliação minuciosa do animal. Além do diagnóstico da doença em questão (queixa principal), deve-se considerar sua história familiar (informações sobre doenças diagnosticadas na família do animal), história reprodutiva (se já cruzou, se já teve crias, frequência de cios, comportamento sexual), história fisiológica, biótipo, entre outros. materia da med pet

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