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segunda-feira, 26 de março de 2012

Diabetes em Cães e Gatos



Diabetes mellitus atinge 1 em cada 400 gatos e uma proporção similar de cães. Porém, de acordo com estudos recentes, sua prevalência em felinos vem aumentando. Os sintomas em cães e gatos são semelhantes aos apresentados por humanos. Em geral, a maior parte dos cães diabéticos apresenta diabetes do tipo 1 (insulina-dependente), enquanto que cerca de 80-95% dos gatos diabéticos apresentam diabetes do tipo 2 (relacionada, em humanos, com obesidade), ainda que costumem estar severamente dependentes de insulina na ocasião do diagnóstico da doença. A enfermidade é definitivamente tratável e não necessariamente determina óbito ou perda de qualidade de vida do animal. No caso de felinos acometidos pela diabetes do tipo 2, o tratamento adequado imediato pode até mesmo levar à remissão do quadro, caso no qual o animal deixa de necessitar de injeções de insulina. Quando não tratada, a enfermidade pode levar à cegueira em cães, fraqueza dos membros nos gatos, má nutrição, cetoacidose diabética, desidratação e morte.

Sinais clínicos

Cães e gatos geralmente apresentam um estabelecimento gradual da doença, ao longo de semanas, o que pode passar despercebido por algum tempo. A condição é incomum em gatos com menos de sete anos, embora cães jovens sejam mais suscetíveis a diabetes tipo 1 (juvenil). Os primeiros sintomas evidentes são uma súbita perda ou ganho peso, acompanhado por beber e urinar excessivos. Os gatos, por exemplo, podem desenvolver uma aparente obsessão por água e passar a espreitar torneiras e bebedouros. O apetite subitamente aumenta (até três vezes o normal) ou se torna ausente. Nos cães, os sintomas subsequentes são problemas visuais e catarata, enquanto que em gatos pode haver enfraquecimento dos membros traseiros (neuropatia periférica), tornando a marcha empolada ou vacilante. Nesse estágio, um teste rápido empregando fitas indicadoras de glicose/corpos cetônicos (o mesmo que o utilizado na dieta Atkins) pode ser empregado no diagnóstico. Caso a fita evidencie glicose na urina, deve-se suspeitar de diabetes. Se uma fita indicar corpos cetônicos, o animal deve ser levada para uma clínica de emergência imediatamente.

Os proprietários devem prestar atenção para adelgaçamento notável da pele e aparente fragilidade: estes sintomas também são graves e indicam que o animal está metabolizando (quebrando) gordura corporal e massa muscular para sobreviver. Letargia e debilidade são também sintomas agudos, possivelmente indicadores de cetose e/ou desidratação, quadros que demandam assistência veterinária imediata.

Tratamento

Diabetes é uma enfermidade tratável, porém é potencialmente letal quando não tratada. Diagnóstico precoce e tratamento veterinário adequado podem não só prevenir danos neurológicos, como também, no caso de felinos, levar à remissão da doença.Gatos costumam responder melhor à insulina de longa duração e dieta com baixos níveis de carboidratos, enquanto que, em cães, a melhor resposta aos tratamentos varia bastante entre indivíduos

Dieta

Dieta é um componente crítico de tratamento, e, em muitos casos, é por si só eficaz.Por exemplo, um pequeno estudo recente demonstrou que muitos gatos diabéticos deixaram de necessitar de insulina após serem submetidos à uma dieta pobre em carboidratos. A lógica disso é que uma dieta com baixos níveis de carboidratos reduz a quantidade de insulina necessária e mantém a variação de de açúcar no sangue baixa e mais previsível. Além disso, cães (talvez também gatos) convertem as gorduras e proteínas em glicose sanguínea muito mais lenta e uniformemente do que os carbohidratos, reduzindo as elevações de glicemia (açúcar no sangue) logo após as refeições.

As boas práticas veterinárias recentes recomendam uma dieta pobre em carboidratos para gatos e uma dieta com teor médio de carboidratos e alta concentração de fibras para cães. Cães acometidos por pancreatite, condição comum entre os animais diabéticos, freqûentemente necessitam de uma dieta restrita em gordura.

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