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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ossos e articulações dos animais em risco

As doenças osteoarticulares não são exclusivas dos seres humanos, aparecendo com grande freqüência nas clínicas e consultórios de medicina veterinária. Como o próprio nome diz, as enfermidades atingem os ossos e as articulações, podendo gerar dores fortes e muito desconforto a diversos animais, como gatos, coelhos, cavalos e principalmente cães.

as doenças osteoarticulares podem ser congênitas (quando nascem com os animais), hereditárias (quando são passadas de pais para filhos) ou adqüiridas ao longo da vida. Neste último caso, costumam ser causadas por doenças infecto-contagiosas, distúrbios metabólicos (como raquitismo) ou traumas (os mais freqüentes costumam ser quedas e atropelamentos).

Raças pequenas

Entre os cães, algumas raças costumam ser mais propensas a sofrer de problemas nos ossos e articulações. Entre os animais de pequeno porte, podem ser citadas as raças lhasa apso, poodle, york shire, pequinês, maltês e pintcher. “Muitos representantes destas raças costumam ser portadores de um problema congênito conhecido como luxação medial congênita patelar”, esclarece João. O mal é identificado pelo deslocamento do osso do joelho do lugar, provocando dor e fazendo com que o animal ande mancando. “Alguns cachorros já nascem com o problema. A correção é feita através de cirurgia e envolve uma série de procedimentos diferentes. Em média, tudo custa entre R$ 800,00 e R$ 1.000,00, sendo feito com o animal sob efeito de anestesia geral”, explica.

Raças grandes

Entre as raças consideradas grandes, um problema conhecido como displasia coxofemural costuma ser identificado principalmente em pastores alemães, rottweilers, canes corsos, dog argentinos, dog alemães, bulldogs e boxers. A doença, que é congênita e ao mesmo tempo hereditária, é diagnosticada através de raio-x. “Os criadores das raças citadas são orientados a castrar os indivíduos que possuem o problema para que o gene da doença não seja transmitido. Em todos os animais, um raio-x exploratório deve ser feito entre os seis e os oito meses de idade e outro definitivo após completar um ano e seis meses de vida”, diz.

A displasia coxofemural é definida como uma doença degenerativa que afeta a articulação da cabeça do osso do fêmur com a bacia.

Nos portadores da enfermidade, é verificado um crescimento anormal das células do acetábulo (fossa na bacia onde se insere a cabeça do fêmur), o que faz com que a cabeça do fêmur entre em contato intenso com o osso da bacia, gerando problemas. “A doença provoca dor e faz com que alguns animais sintam dificuldade em caminhar, andando de forma cambaleante. O tratamento pode ser medicamentoso, com uso de antiinflamatórios e protetores articulares. Porém, o que costuma resolver mesmo o problema é cirurgia reparativa ou colocação de prótese”, conta o veterinário. O procedimento reparativo custa entre R$ 800,00 e R$ 1.000,00. Já a colocação de prótese sai por cerca de R$ 2.500,00.

Osteoartrite

Tanto a displasia coxofemural quanto a luxação medial congênita patelar pode levar a uma doença secundária conhecida como osteoartrite. Uma vez desenvolvido, o mal não tem cura, podendo comprometer imensamente a qualidade de vida dos cães. Causada por inflamação crônica das articulações, a osteoartrite costuma ser mais comum em animais idosos, e está associada à degeneração progressiva das articulações ou de uma articulação específica. Os sintomas costumam ser variáveis, mas geralmente ligados à dificuldade de locomoção (como falta de vontade de subir escadas, brincar ou pular). Frio e mudanças bruscas de temperatura podem torná-los mais visíveis. Porém, muitas vezes a doença não é diagnosticada de forma correta, pois os proprietários identificam os sintomas como sendo algo comum à idade avançada do animal.

Problemas na vértebra da coluna

Um cachorro também bastante propenso a ter problemas osteoarticulares é o dachshund, popularmente conhecido como “lingüiça” ou “salsicha” devido ao comprimento do corpo, que é aparentamente desproporcional ao tamanho da cabeça e das pernas.

Os indivíduos da raça costumam sofrer de problemas articulares na vértebra da coluna, em função de distrofia das cartilagens. Sendo assim, podem ser vítimas de uma ruptura do disco intervertebral, que irá causar a compressão da medula espinhal, levando à paralisia dos membros posteriores e muitos à perda do controle das funções da bexiga e do intestino.

O problema normalmente é verificado a partir do primeiro ano de vida e geralmente está associado a algum tipo de trauma sofrido pelo cão. Se o médico veterinário é procurado cedo, o mal pode ser resolvido através de cirurgia. Entretanto, o procedimento é considerado caro, custando cerca de R$ 1.500,00, e também envolve gastos com medicamentos e exames (como tomografia, que custa cerca de R$ 600,00).

Quando o trauma é muito grande ou o animal não foi submetido à cirurgia, existem cadeirinhas de rodas especiais para cães que são tidas como alternativa à eutanásia do animal. Estas são fabricadas de acordo com o tamanho e o peso do cão e costumam assegurar uma maior qualidade de vida ao indivíduo lesionado. Geralmente, os cães se adaptam bem ao equipamento, cujos preços variam conforme as características de cada usuário. (CV)

Sessões de acupuntura ajudam

O alívio dos sintomas provocados por problemas articulares ou mesmo a cura dos mesmos podem, muita vezes, ser encontrados através da acupuntura.

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