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segunda-feira, 21 de março de 2011

Eles tambèm têm DENTES!

-DOENÇA PERIODONTALSabe-se que pelo menos 85 % dos cães e gatos desenvolvem doença periodontal, muitos a partir do 1º ano de vida. A doença periodontal é a afecção bucal mais comum. Ela consiste no acúmulo de placa bacteriana minerizada (tártaro) sobre os dentes. Estas por sua vez se não retirada precocemente leva à gengivite, perda dos ligamentos periodontais e conseqüente destruição do osso alveolar que sustenta o dente, levando a sua perda. Alguns sintomas são a halitose (mau hálito), sangramento, salivação excessiva, diminuição do apetite e queda de dentes. Esse quadro proporciona um desconforto e dor, diminuindo a qualidade de vida do animal. Além do problema local, temos ainda a possibilidade dessas  bactérias entrarem na corrente sanguínea ou linfática, causando danos irreversíveis em órgãos vitais como coração, fígado e rins. Há desta forma, uma relação direta com a saúde do animal.
O tratamento consiste na remoção da placa através de aparelhos e curetas, extração dentária de dentes inviáveis e polimento. Lembrando que antibióticoterapia prévia e anestesia geral inalatória acompanhada por anestesista são requeridos no tratamento.
Como prevenção, aconselhamos a visita periódica (anual) ao médico veterinário para avaliação da condição bucal, escovação diária com produtos adequados e alimentação balanceada (ração seca, biscoitos e ossinhos artificiais).
PERSISTÊNCIA DE DENTES DECÍDUOS
A persistência da dentição decídua é bastante frequente, principalmente em cães de pequeno porte. Os dentes caninos são os mais encontrados, geralmente juntos com os permanentes.
O tratamento consiste na sua extração, pois a sua permanência pode levar a outros distúrbios entre eles deformidades dos dentes permanentes e o acúmulo de placa bacteriana entre o dente permanente e decíduo, levando à doença periodontal precoce.
O ideal é a retirada do dente decíduo assim que o permanente ocorra, pois a possibilidade de ele cair é muito pequena. Este procedimento requer anestesia geral, lembrando que é um procedimento de curta duração de tempo HIPOPLASIA DE ESMALTEAlteração que ocorre durante a formação do esmalte tornando-o irregular. Moléstias como a cinomose, febre alta, estado nutricional precário podem alterar uma das fases da gênese do esmalte, levando a falta de esmalte em alguns dentes e consequentemente à sua erosão. Isto é confundido com cárie ou cálculo. O tratamento restaurador com resinas pode ser efetuado, assim como polimentos com substâncias abrasivas na tentativa de melhorar a superfície do dente.  FRATURAS DENTAISDentes fraturados com ou sem a exposição da pulpar devem ser tratados de forma adequada e portanto devem ser avaliados pelo veterinário para que este oriente o proprietário sobre qual a melhor forma de tratamento ( tratamento endodôntico - canal ou em casos mais graves a extração do dente quebrado NEOPLASIAS ORAISA cavidade oral  dos animais de companhia pode apresentar uma série de lesões, entre as quais encontramos numerosas neoplasias malignas e benignas. Os sinais clínicos incluem deformidades anatômicas progressivas em determinadas áreas faciais, perda de apetite, halitose, hipersalivação, descarga nasal, hemorragia oral, disfagia e mobilidade e perda de dentes. Em geral, as neoplasias orais passam despercebidas pelo proprietário do animal até que o tumor adquira um estado avançado, e por esse motivo as visitas periódicas ao médico veterinário são importantes. Lembrando que a maioria dos tratamentos consistem em remoção cirúrgica associada à quimioterapia ALTERAÇÕES DE OCLUSÃOEssas alterações podem surgir durante o desenvolvimento e apresentam diferentes etiologias tais como comprimento maxilar e mandibular, desenvolvimento muscular, dentições temporárias atrasadas e persistentes, polidontias ( nº maior de dentes), traumatismos e hábitos.Todas essas causas produzem alterações estéticas e funcionais, como desgaste de dentes, dificuldades de mastigação e suas conseqüentes alterações gastrintestinais, acúmulo de restos alimentares e placa bacteriana nas áreas de contato interdentais, alteração na articulação temporomandibular e falta de espaço levando ao apinhamento dos dentes. As técnicas ortodônticas já são praticadas na veterinária visando atenuar esses efeitos LESÃO DE REABSORÇÃO ODONTOCLÁSTICA DOS FELINOS.

A maioria dos gatos afetados tem uma idade superior a 4 anos . Os dentes afetados possuem cavidades , lesões ao nível da inserção gengival e reabsorção da raiz dentária. Estas lesões podem afetar qualquer dente, mas afetam habitualmente os prémolares mandibulares.Entre os sinais clínicos mais comuns listam-se a inflamação em torno do dente afetado, dificuldade de apreensão do alimento, alimento cai da boca frequentemente ( dor) e salivação. Os tratamentos restauradores não tem eficácia pois o processo de reabsorção continua. Assim o tratamento indicado é a extração do dente acometido. Importante salientar que a lesão pode aparecer em outros dentes posteriormente ao tratamento.COMPLEXO GENGIVITE- ESTOMATITE –FARINGITE DOS FELINOSAfecção específica que acomete os gatos.Ocorre um processo inflamatório severo de mucosas orais, gengivas, palato e faringe. Causa intenso desconforto e dor nos animais. Entre os sintomas comuns são perda de apetite, salivação intensa, edema em região faríngea, sangramento em gengiva e halitose intensa. Acredita-se que distúrbios no funcionamento do sistema imunológico possam levar às alterações encontradas nos gatos acometidos. A presença de placa bacteriana desencadeia todo o processo, assim o controle rigoroso da placa é um dos aspectos mais importantes.O tratamento periodontal deve ser feito a cada 6 meses, e a escovação diariamente. Visto a dificuldade da realização dessa escovação em felinos e também de tratamentos constantes sob anestesia geral, a extração total dos dentes distais aos dentes caninos tem sido o tratamento mais praticado, pois a não presença dos dentes não ocorre na formação da placa e assim estímulo da doença.A lesão de reabsorção odontoclástica dos felinos (L.R.O.F.) é atualmente um grande enigma dentro da odontologia veterinária. Isto porque, apesar de inúmeros estudos e pesquisas em todo o mundo, ainda se desconhece a verdadeira causa e o melhor tratamento para esta afecção.

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