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terça-feira, 29 de março de 2011

Trabalhadores de quatro patas

No dia 1° de maio foi comemorado em diversos países no mundo, inclusive, no Brasil, o Dia do Trabalho. Mas parece que não são apenas os seres humanos que merecem um dia de descanso. Os animais têm se mostrado verdadeiros profi ssionais em muitas áreas. Nesse mercado atuam modelos, bombeiros, policiais, terapeutas e até guias para deficientes visuais. E todas essas funções têm se tornado cada vez mais reconhecidas e fundamentais para o nosso próprio bem-estar.

Joe, de 6 anos, por exemplo, é sempre muito aguardado nos diversos locais onde trabalha. Dono de uma agenda lotada de dar inveja a muito médico por aí, o compenetrado Golden Retriever atua há 5 anos como terapeuta em asilos e hospitais na capital paulista. Membro fundador do projeto “Joe Amicão e Cãopanheiros”, o cachorro atende de segunda a sexta-feira, juntamente a outros 14 animais, os pacientes do departamento neuromuscular, da pediatria e psiquiatria do Hospital São Paulo, além do Hospital Cruz Verde, o GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer), bem como sua casa de apoio.

Rosamaria Simon Leivas, responsável pelo setor de quimioteca do GRAACC, explica que apesar do ambiente proporcionar jogos eletrônicos, fi lmes e brinquedos para as crianças se distraírem enquanto passam pelas longas horas de quimioterapia, a presença de Joe se destaca. “Manter uma criança por até 8 horas para receber o tratamento não é tarefa fácil, mas percebo que na quinta-feira, dia do Joe nos visitar, são as próprias crianças que me lembram dele. Sua presença as ajuda a esquecer que estão fazendo quimioterapia.”

Mais que simples bengalas Dentre os animais de trabalho, não são apenas os terapeutas que desempenham papel fundamental na sociedade. Ainda novos no Brasil – começaram a ser treinados em 2000 –, os cães guia têm proporcionado a seus donos uma maior autonomia e liberdade. As labradoras Zuca e Raíssa que o digam. Elas são “os olhos” do modelo Jonas Santiago Demétrio e do técnico de informática Márcio Antônio de Souza, ambos benefi - ciados com animais treinados pela ONG Cão Guia Brasil. Segundo os jovens, ter a companhia das cadelas facilitou em diversos aspectos, mas a maior vantagem, sem dúvida, foi a possibilidade de serem inseridos novamente na sociedade, já que há sempre alguém que se aproxima para “puxar papo” por causa do animal, como explica Márcio Antônio. “Com a Raíssa por perto, as pessoas me cumprimentam, perguntam sobre ela, coisa que com uma bengala não acontece”, justifica.

Infelizmente, o número de animais para a função no País ainda é ínfimo, cerca de 70 para mais de 5,4 milhões de deficientes, segundo informações da Associação Brasileira de Oftalmologia. Um dos principais motivos seria o alto custo para a capacitação dos animais, que chega a 25 mil reais, mas o Governo Federal, em parceria com algumas universidades já trabalha para a criação de centros formadores para esses brilhantes profi ssionais de quatro patas.

Um comentário:

  1. Obrigada!
    Não sei se Cristiano comentou, mas esse filhotinho de labrador é igual à minha Luna quando era pequena!

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