Em 1497, Cabot explorou esta região do globo e constatou que era totalmente inabitada: sem homens, nem cães. Os pescadores britânicos, oriundos de Bristol, que faziam escala neste local, provavelmente, faziam-se acompanhar dos seus cães. Em 1662, W. Cormack, nativo de St John fez uma viagem a pé pela Terra Nova e relatou a existência de pequenos cães negros "admiravelmente ensinados para trazer a presa" (Retriever). O pêlo curto destes cães representa uma vantagem em relação aos tipos de cães da Terra Nova, uma vez que não adquire cubos de gelo ao saírem da água. Outra vantagem, é que são excelentes e incansáveis nadadores, acompanhando os marinheiros até os "dory" (pequenas embarcações que serviam de ligação à terra a partir dos navios ancorados). Estes cães conseguem também descobrir cardumes de peixes a grandes profundidades.
As capacidades para a caça e para a natação deste animal, principalmente de cor negra e pouco maior que um pointer, de peito grande e membros finos, valeram-lhe a denominação de "Cão de St John" (Foto acima); estas capacidades aliaram-se também ao seu bom temperamento, o que rapidamente fez com que esta raça se demarcasse das demais. Atribui-se a importação destes cães para a Inglaterra ao Lorde Malesbury e ao Coronel Hawker por volta de 1830. Numa carta a um amigo, o filho de Lorde Malesbury explica porque chama aos seus cães "Cães de Labrador". Afirma que encontrou a raça mais pura possível e reitera a vontade de não perder um cão "cujo pêlo sai da água como se tivesse sido banhado em óleo" e que tem uma "cauda de lontra".
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